sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Nono Capítulo

 Ninguém o viu chegar!
Aquela cara de safado dele, me deixou com uma leve contração no baixo
ventre. Que nervoso! Ele estava segurando o lábio inferior nos dentes, de
olhos semicerrados e fazendo que sim com a cabeça.
Gelei. Parei toda sem graça. E foi minha reação totalmente inesperada que
fez com que as meninas se virassem para ver o que havia me feito paralisar.
Joe. De calça social grafite e blusão social branco, com um paletó pendurado no
braço cruzado, me encarando.
— Oi Joe! — Sel estava muito mais embriagada que eu! — Meninas esse é o noivo, namorado marido da Demi!
Éramos dez no total, uma zona do cacete, todas pra lá de Bagdá! Cerveja,
Vodca, caipirinha, rum e muita tequila foram o combustível alcoólico para
nos manter no brilho!
Elas começaram a rir e a gritar “ Hmmm, Demizinha", "arrasou meu bem!”
entre outras coisas...
Joe cumprimentou a todas meio por alto e veio até mim. Me deu um selinho
atoa com a mão na minha cintura.
— E aí Joe? Tá aprovada? — Será que a Sel não sabia calar a boca??
E eu morri! Quando ele me apertou a cintura e deslizou a mão até minha
bunda apertando de leve e me puxando pra ele. Depois se virou pra Selena e
respondeu...
— Essa já é a roupa da nossa Lua de mel?
As meninas gritando e rindo ainda mais! E eu com a cara no chão!
Mas aí me deu um calor absurdo, ainda com a mão na minha bunda, colou
seus lábios na minha orelha, sussurrando...
— Muito gostosa. Tô de pau duro querendo meter fundo nessa bocetinha melada.
Senti latejar lá em baixo e um arrepio percorreu minha nuca.
— Deixa de ser safado.
— Não tem como. Vou tomar um banho e tocar uma punheta pensando na
recepção que tive.
Joe acenou para as meninas como se estivesse encabulado e seguiu pra
dentro do quarto.
As meninas ficaram eufóricas com a chegada do Joe. E tenho certeza de
que ele ouviu os gritinhos agudos que elas dispensaram quando ele fechou a
porta do quarto atrás de si.
Não demorou nada pra que fossem embora! Miley levou os presentes e
Sel decidiu que a festa continuaria no apartamento dela, mas foi a última a
descer. Claro! Precisava me dar instruções!
— Se você não der pra ele, nossa amizade acaba hoje!
— Você tá louca?!
— Você que tá de não aproveitar! São dezoito mil Reais! Acorda sua
retardada! — então gritou bem alto — Tchau Joe! Estamos indo!
E saiu do apartamento empurrando a língua na bochecha, me dizendo “ paga
um boquete!”
De repente me vi no apartamento, sozinha, na maior bagunça de papel de
presente rasgado, copos espalhados pra todo lado, restos de salgadinhos em
bandejas e um garoto de programa possivelmente se masturbando no meu
banheiro.
Fui trocar de roupa, aquilo estava tudo muito insano.
Já estava sem o sutiã, indo o mais rápido possível pra que... não adiantou
porra nenhuma, Joe abriu a porta do banheiro e deu de cara comigo, de
cinta liga branca, meia calça oito oitavos branca, sapato vinilico vermelho de salto alto
e de seios de fora.
Primeira reação, impulsiva - cobrir os seios com as mãos. Primeira reação
dele, sorrir de lado com a maior cara de safado que eu já vi na vida!
Segunda reação, involuntária – sentir meu sexo se apertar, umedecer e
latejar ao mesmo tempo. Segunda reação dele, tirar do tronco a toalha que
lhe cobria a nudez, revelando sua ereção.
Ficou se tocando, puxando seu pau na mão, alisando do tronco a cabeça
exposta, sem deixar de me encarar.
Não era uma dessas picas gigantescas, do tipo tripé vinte e cinco
centímetros... que a gente costuma ver nos filmes pornô, mas devia ter uns
vinte centímetros com certeza! E era grosso, muito grosso, era de fato como na
foto da internet.
Foi inevitável não encarar aquela coisa com as veias saltando, ele continuou
se tocando e eu encarando boquiaberta, paralisada, sentindo mil coisas ao
mesmo tempo.
As comparações são inevitáveis, Wilmer era muito menor que o Joe! Na
grossura então, nem se fala!
— Você quer que eu te fôda, tá morrendo de vontade de ter uma pica de
verdade te penetrando, não é?
Eu não conseguia falar nada só fiquei parada, feito uma idiota.
ThéoJoe deu o primeiro passo, me senti empurrada por uma força estranha, e
dei um passo também em direção a ele.
Ele se sentiu mais confiante e deu os três últimos passos que faltavam para
estarmos tão próximos que era possível sentir seu hálito mentolado.
Joe esticou as mãos e tocou meu ombros de leve, descendo para meus
braços, os descruzando da frente dos meus seios. Me expondo a ele, numa
lentidão ao mesmo tempo sensual e angustiante.
Meu coração batia na garganta, então ele diminuiu ainda mais a distância
entre nós, me olhando nos olhos, maxilar tensionado, as narinas sutilmente
dilatadas, mas a respiração dele era controlada, enquanto a minha era
exaltada, exasperada.
Engoli em seco.
Joe molhou os lábios na língua e tocou minha boca suavemente, meu
corpo inteiro estremeceu quando senti seu membro em meu umbigo, duro,
excitado, faminto.
E foi por estremecer e suspirar que ele descolou nossas bocas bruscamente.
Me olhou com os olhos semicerrados, de um para o outro, acho que na
minha cara estava estampado um pavor absurdo!
Senti o membro dele relaxar um pouco e Joe se afastou. Respirou muito
fundo mesmo, soltando o ar pela boca de uma só vez, pegou uma muda de
roupas quase que correndo e saiu do quarto, sem dizer uma só palavra.
E foi estranho porque assim que ouvi a porta da sala bater, uma música do
Leny Kravitz começou a tocar, não me lembro de tê-la colocado na playlist.
também não combinava em nada com o momento do chá de lingerie!
Calling all angel.
http://www.kboing.com.br/lenny-kravitz/1-50152/
Sabe quando dá vontade de chorar? Me senti assim e não pude evitar as
lágrimas, aquela música malditamente romântica tocando e eu me esvaindo
em lágrimas e coriza, tomei um banho rápido e vesti uma camisola de algodão e
me deitei.
Foda, a música ficou repassando na minha cabeça! “ Toda minha vida, Eu
tenho esperado alguém para amar” aquela voz triste cantava, eu realmente
não me lembro de deixar essa música pra tocar.
Não consegui pregar o olho, fiquei rolando de um lado a outro horas e horas
e quando ouvi o barulho da porta fiquei nervosa. Olhei no celular, quatro da
madrugada. Me virei de lado, fingindo dormir, ele voltou!
Mas só entrou no quarto muito tempo depois, ficou com a porta aberta, eu
fingi estar dormindo, mas abri os olhos bem pouquinho e pude vê-lo
escorado no
portal, cabeça reclinada também encostando no portal de madeira, me
olhando um bom tempo, pensando em alguma coisa, então esfregou o rosto e andou 
até o outro lado da cama, se deitou ao meu lado sem fazer muito barulho.
— Demi. — não respondi, fiz que estava no décimo sono! Então ele entrou
para baixo do lençol que me cobria e se aconchegou a mim.
Meu coração disparou, o corpo dele estava quente e podia sentir cheiro de
whisky, ele passou o dedo de leve no meu cabelo, tirando-o do meu rosto,
tenteimanter a respiração controlada, mas tudo o que consegui foi prendê-la.
Morri quando senti seus lábios tocando meu pescoço ao mesmo tempo que
seus braços me puxavam pra ele, me colocou recostada em seu bíceps,
minhas costas em seu peito e seu braço direito enlaçando minha cintura.
Suspirou e voltou a respirar normalmente e seu braço relaxou, deixando o
peso em meu corpo. E foi aquela respiração que me acalentou a alma e
adormeci.

Continua...

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